A prática de descida em corredeiras em grupo, utilizando botes infláveis e equipamentos de segurança, chama-se rafting. Descoberto em 1869, quando John Wesley Powel organizou a primeira expedição no rio Colorado (E.U.A.), o rafting como esporte no Brasil chegou em 1982.
Como ferramenta de recursos humanos, utilizo o rafting empresarial em treinamento e desenvolvimento de equipes em parceria com guias especializados na cidade de Brotas-SP. |
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É um casamento de adrenalina com segurança, onde as dinâmicas acontecem no decorrer dos 9 km do rio Jacaré Pepira. A amizade e o companheirismo são as grandes armas do rafting e qualquer pessoa pode vivenciar esta atividade.
No início do treinamento, preparo o grupo para a vivência ao ar livre; medos, dúvidas, incertezas são trabalhados neste momento. Os guias passam a todos os participantes, instruções detalhadas das condutas, que serão lembradas em momentos estratégicos para a segurança de todos. A integração ocorre diante dos riscos calculados de tal forma que as situações vivenciadas terão impacto extremamente positivo em relação aos objetivos estabelecidos. Eu acompanho o grupo e circulo pelos botes. Numa das descidas, eu estava na frente do bote, o rio estava muito cheio e entrou muita água pelo meu nariz. Pedi para mudar de lugar e não tive dificuldades para encontrar um companheiro solidário.
Assim deveria ser também na empresa: quando não conseguimos desempenhar nossas funções, para o bem da empresa, devemos pedir ajuda e sinalizar que estamos com dificuldade, ao invés de omitir nossas falhas e limitações que comprometem os resultados. O fechamento do trabalho é outro momento fundamental, onde as analogias e descobertas interiores são compartilhadas com o grupo. A principal analogia que estimulo é: faça do bote a sua empresa e imagine que o rio é o mercado. A participação de cada um é direcionada para a união do grupo e para o respeito pelos limites dos companheiros.
Uma das dificuldades em aceitar o rafting é o medo quanto à segurança, pois muita gente não sabe nadar. Eu também não sei, confesso! Porém, a segurança dos equipamentos e a confiança nos instrutores são fundamentais, e assim, as analogias são focadas dentro da necessidade de cada grupo. Escolho as atividades para vencer barreiras e medo de obstáculos, quebrar paradigmas, exercitar a liderança, determinação, dinamismo, trabalho em equipe, cooperação, confiança e discernimento para enfrentar desafios do dia-a-dia.
É uma experiência marcante e o grupo sente o caminho percorrido na direção da maturidade. Segundo Baltasar Gracian, o caminho da grandeza se percorre juntamente com outros!
Kátia Ricardi de Abreu
Psicóloga clínica e organizacional
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