Por Célia Leão*   Lembra do telefone sem fio, aquela brincadeira em que uma história deveria ser repetida no ouvido do parceiro em uma fila de pessoas? Era ótima na infância, mas, depois que crescemos, isso perde a graça. Se você não quiser sofrer por algo que não é necessariamente verdadeiro, se quiser fazer a sua parte a fim de que sua chefia e seus colegas de trabalho amadureçam e trabalhem de forma adulta e responsável, não entre nessa de participar das fofocas de sua empresa.

Seu chefe costuma usá-lo como menino de recados quando quer dizer algo desagradável a alguém da equipe? Não caia nessa. Ouça o que ele diz e coloque essa atitude na conta daquelas boas ações que o espírito solidário nos manda ter. Ao final, diga a ele que você não tem tanta proximidade assim com seu colega de trabalho e que o que acha melhor é que ele, o chefe, chame o colaborador e dê pessoalmente o recado, a mostra de descontentamento ou o que quer que seja.

Você tem algum colega de trabalho que é sempre o arauto da calamidade, aquele que sempre tem uma conversa de corredor com notícias alarmantes ou pressentimentos ruins? Nesta situação, o que aconselho é uma relação polida, educada. E muito distante. Urubus travestidos de seres humanos merecem nosso respeito afinal, todos os seres merecem , mas também uma distância quilométrica é recomendável. Isso serve para todos os que prezam por um bom ambiente de trabalho.

No mais, já reparou que esses propagadores de notícias que não lhes dizem respeito raramente têm boas coisas a contar? São sempre notícias alarmantes, casos difíceis de serem solucionados e notícias que, em geral, desvalorizam ou diminuem alguém ausente ao papo do momento. E isso é fofoca, é maledicência, é espírito de destruição, é inveja. Tudo muito feio e deselegante. Se você costuma ler esta coluna é sinal de que se preocupa com sua atitude e tem vontade de interagir educadamente com os colegas. Portanto, gente assim não combina com você nem com o que você quer ter como conduta cotidiana.

*Célia Leão é autora de Boas Maneiras de A a Z (Editora STS) e consultora de etiqueta empresarial. etiqueta@abril.com.br