Com a economia se deteriorando rapidamente, os empregadores do país cortaram 533 mil vagas de trabalho em novembro, o 11º mês consecutivo de declínio, e a taxa de desemprego subiu para 6,7%, informou o governo.
O declínio, a maior perda em um único mês desde dezembro de 1974, é nova evidência de que a contração econômica acelerou em novembro, prometendo tornar a atual recessão, já em andamento há 12 meses, a mais longa desde a Grande Depressão. O recorde anterior foi de 16 meses, nas recessões severas de meados dos anos 70 e início dos anos 80.
'Nós registramos o maior declínio na confiança do consumidor de nossa história', disse Richard T. Curtin, diretor do levantamento da confiança do consumidor da Reuters/Universidade de Michigan, que começou a ser realizado nos anos 50. 'Ele está sendo causado por vários fatores: queda dos preços dos imóveis e ações, menos horas de trabalho, bônus menores, menos horas extras e as demissões.'
As demissões ultrapassaram em muito o número de 350 mil, que era a expectativa de consenso dos economistas.
No geral, as demissões desde janeiro já totalizam mais de 1,9 milhão, com a maioria ocorrendo nos últimos três meses, à medida que consumidores e empresas passaram a conter fortemente seus gastos em resposta ao agravamento da crise de crédito.
'Empresas fecharam em novembro', disse Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Economy.com. 'As empresas estão em modo de sobrevivência e estão demitindo e cortando investimentos para poupar dinheiro. A menos que o crédito volte a fluir em breve, as demissões continuarão ao longo do próximo ano.'
Fonte: The New York Times