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Problema não é para ser solucionado Publicada em 7/8/2008
Você já deve ter ouvido a expressão “preciso resolver o problema com o meu chefe” ou “preciso resolver o problema da minha família” com freqüência. Estamos sempre procurando soluções para os nossos problemas, acreditando, muitas vezes, que o problema está baseado no outro, ou no externo, e não em nós mesmos.

 

Percebo que muitas pessoas encaram seus desafios como um problema, como um fardo.

Geralmente estas pessoas verbalizam da seguinte forma: “O meu problema é que...”. Sem contar aquelas que se apegam a situação e chegam a afirmar: “Prefiro morrer a ter que lidar com esse problema.”

 

Vamos refletir um pouco sobre o assunto. Os nossos problemas surgem decorrentes da lei de causa e efeito, ou por uma ação   natural. Não existe ninguém no mundo que não tenha ou já teve um problema na vida.

 

Agora que já entendemos que ele é decorrente de uma causa, e na maior parte das vezes por nós criado, podemos encará-lo de duas maneiras: como algo negativo ou de forma positiva. E é nesta afirmação positiva que eu quero que você reflita. Se nós encaramos todo e qualquer tipo de problema como uma forma de aprendizagem, vamos entender a sua essência, a causa. 

 

Talvez cause espanto a minha observação, mas acredito que deveríamos agradecer os problemas que aparecem ao longo de nossas vidas, ao invés de desprezá-los como se fossem algo sem importância, ou pior, algo apenas para nos atrapalhar. Acredito que o problema, assim como a tristeza, nos permite uma maior aproximação com o nosso eu.

Temos uma tendência a não dar importância as nossas dificuldades quando ficamos sensíveis, tristes, reflexivos. Ficarmos sozinhos então, nem pensar! Mas é neste momento que a nossa intuição fica mais evidente, que as nossas reflexões são mais profundas, que os nossos questionamentos tornam-se claros, e é neste momento que temos os “insights”. Se prestarmos bem atenção a nossa voz interior, receberemos todas as informações necessárias para desenvolvermos o nosso aprendizado.

 

Pare por um instante e reflita! Você já fez alguma reflexão profunda em um momento que você estivesse muito alegre, ou em um momento de grande euforia? É bem provável que você responda que não. Geralmente nestes momentos de reflexão estamos sós, com nós mesmos, com as nossas dores.

 

Percebi e aprendi que procurar soluções para os problemas é como tomar  remédio contra a febre – resolve momentaneamente, mas, sem sabermos a real causa, sem descobrirmos a origem, provavelmente o problema irá voltar.

 

O aprendizado e a essência do problema é o nosso aprimoramento. Ao invés de você pensar em ter que resolver o problema, comece a pensar em “o que eu tenho que aprender com ele”. Desta forma você se respeita e se eleva emocionalmente e espiritualmente. Perceba a sua volta e veja que as pessoas mais evoluídas são aquelas que aproveitaram para aprender com os seus problemas. O problema não se resolve por fora, mas sim dentro de você.

 

Edmar Oneda é Diretor da Academia do Palestrante (www.academiadopalestrante.com.br).


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