A taxa de desemprego dos Estados Unidos subiu para 5,7 por cento em julho, maior resultado em mais de quatro anos, depois que os empregadores cortaram postos de trabalho pelo sétimo mês seguido, ainda que de forma menos severa do que o previsto, mostrou uma pesquisa do governo nesta sexta-feira.
O Departamento de Trabalho informou que 51 mil vagas fora do setor agrícola foram eliminadas em julho, levando as perdas no ano a 463 mil. Analistas ouvidos pela Reuters esperavam que fossem fechados 75 mil postos de trabalho, mas que o desemprego subisse a apenas 5,6 por cento.
A taxa de desemprego em junho havia sido de 5,5 por cento.
O departamento revisou as estimativas para maio e junho. Foram fechados 47 mil postos de trabalho em maio, em vez de 62 mil, e em junho a perda foi de 51 mil vagas, em vez de 62 mil --totalizando 26 mil empregos a mais nos dois meses.
A subida inesperadamente forte da taxa de desemprego salienta que a deterioração em curso do mercado imobiliário continua a afetar o crescimento econômico. A última vez que o desemprego esteve em patamar maior foi em março de 2004, quando a taxa atingiu 5,8 por cento.
Membros do departamento disseram que o maior aumento do desemprego esteva concentrado na faixa entre 16 e 24 anos. Além disso, o número de horas trabalhadas por semana caiu da média de 33,7 horas em junho para a média de 33,6 horas, menor desde novembro de 2004.
O fechamento de postos de trabalho em julho foi amplo. Os únicos setores que geraram empregos foram o governamental, o de hospitalidade --hotéis e turismo, por exemplo--, educação e saúde. O setor de construção cortou 22 mil vagas, e a indústria fechou 35 mil postos de trabalho.
Fonte: Reuters