Um dos destaques da semana, na agenda econômica, sem dúvida, será a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Ela poderá determinar uma mudança no ritmo de elevação dos juros básicos, confirmando ou não as expectativas do mercado. Poderá sinalizar o quanto o Banco Central está alinhado com as projeções mais pessimistas quanto à evolução da inflação.
A iniciar o processo de ajuste da Selic, o Banco Central ainda era muito criticando pelos que julgavam que a ação, em vez de preventiva, como indicava o comitê, estava sendo precipitada, na medida em que a inflação era proveniente, basicamente, do aumento de alimentos e de commodities no exterior. Pressões de preços que independem da política monetária.
Só que a inflação só avançou desde o início do processo, com piora nas projeções. E se passou a notar pressões em outros segmentos, inclusive com um certo tom de indexação. Movimento perigoso, se pensando na estabilidade a longo prazo. Ainda mais em um país com o histórico de inflação muito elevada como o Brasil, onde a correção automática dos preços ainda está na memória de boa parte da população.
Fonte: Canal RH