Se, de um lado, o mundo corporativo começa a se ajustar com a chegada da geração Y, do outro, volta a olhar para quem, há pouco, vinha sendo cada vez mais deixado de lado: o profissional pós-40 anos.
O administrador Rogério do Carmo, 41, é um exemplo desse aparente reaquecimento. Assim que perdeu o emprego de supervisor de logística em 2007, imaginou que seria difícil encontrar recolocação, tendo em vista a faixa etária considerada 'ideal' pelos anúncios que consultava de 25 a 40 anos.
Contrariando suas expectativas, em apenas dois meses estava outra vez na ativa, em uma empresa de perfil mais jovem. O que o deixa ainda mais surpreso é que as propostas de trabalho não param de chegar.
'Mudei do setor de autopeças para o de confecção de 'surfwear'. O cargo é o mesmo, e o salário, semelhante, mas os benefícios, melhores', afirma. Uma das vantagens é o subsídio de 50% para a pós-graduação.
Para Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br, a preferência por profissionais mais jovens segue predominante, mas hoje há espaço para os mais experientes.
O segredo é fazer da idade uma vantagem competitiva. 'O homem que é 'jovem há mais tempo' constitui um perfil desejado por empresas para os cargos importantes', destaca Abrileri, que recomenda interagir com blogs, praticar esportes e ter hábitos saudáveis.
Fonte: Folha Online