Por Amanda Salim   A importância do networking para a carreira é sempre um tema discutido em VOCÊ S/A. No mês passado, uma das dicas da reportagem Idéias e Tendências falava da importância de aumentar a rede de relacionamentos em 2008. Por causa disso, perguntamos para os leitores, no site da revista, quem eles gostariam de conhecer este ano. O campeão de citações foi o empresário Antônio Ermírio de Moraes (1).

Na seqüência, vieram Gustavo Cerbasi (2), colunista da VOCÊ S/A, consultor e escritor de sucesso, Jô Soares (3), Lula (4) e Fernando Henrique Cardoso (5). Olhando essa lista, dá a impressão que os leitores sonham alto demais. Não é verdade. Os nomes citados mostram que os internautas estão em busca de conexões relevantes. Faz todo sentido.

Já ouviu falar daquela história de que entre você e qualquer outro ser humano no planeta há, no máximo, outras seis pessoas? A idéia, que a princípio parece mirabolante, foi tema de uma pesquisa acadêmica feita em 1967 pelo psicólogo americano Stanley Milgram, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Anos depois, um jogo popular na internet, chamado Seis Graus para Kevin Bacon, usava essa mesma teoria: a de que cada pessoa que conhecemos tem a sua própria rede de contatos a ponto de, no final, todos estarmos interligados de alguma maneira. Ou seja, trata-se da própria definição de networking. Portanto, mãos à obra! “Ter um profissional reconhecido em sua rede de relacionamentos pode ser o que faltava para aprimorar sua trajetória profissional ou impulsionar um projeto que está na gaveta”, diz o consultor Urânio Paes, da consultoria paulistana UP9, especializada em desenvolvimento organizacional.

Imagine quantos empresários fazem parte do networking de Antônio Ermírio isso só para ficar no mundo corporativo. Partindo desse raciocínio, o primeiro passo para atingir o seu alvo é lembrar quem, em sua lista de contatos, pode conhecer pessoas mais próximas àquela que você deseja conhecer. Depois, é procurá-las. Você também pode partir para a abordagem direta sem esquecer o bom senso, claro. Vamos supor que você queira conhecer um determinado autor para debater o tema da monografia de conclusão do seu MBA. Vá ao lançamento de um dos livros desse profissional e tente uma conversa do tipo: “Estou tocando um projeto X que está intimamente relacionado ao que você escreveu em seu livro Y”. E, apesar de muita gente achar que não funciona, o acesso por e-mail e telefone também pode dar certo. Não se intimide. “Tenho um colega que conversou, por telefone, com Nelson Mandela, usando esse expediente”, diz Urânio Paes.