Os gastos das empresas privadas não listadas em bolsas com o pagamento de seus staffs subiram 63% nos últimos doze meses. Já os custos com o recrutamento e a retenção de pessoal ficaram 59% mais altos no mesmo período. É o que mostra o International Business Report, pesquisa da Grant Thornton International, representada no Brasil pela Terco Grant Thornton, uma das maiores organizações de auditoria e consultoria do país. A pesquisa foi ouviu 7.800 empresas de 34 países, inclusive do Brasil.
De acordo com a pesquisa, a China é o país com a porcentagem mais alta de empresas que estão gastando mais com suas equipes: 91%. O Brasil, segundo a pesquisa, aumentou os gastos em 66%, bem próximo da média mundial, que é de 63% - no país, foram ouvidas 150 empresas, sendo cem de São Paulo, 25 do Rio e 25 de Salvador. Países emergentes, como Índia (86%), Turquia (85), Polônia (82%) e África do Sul (82%) são os que apresentam os maiores gastos. “São os países emergentes que têm sido mais afetados pelos custos com funcionários”, explica Alex MacBeath, líder global da área de empresas não listadas em bolsas da Grant Thornton International.
Para Wanderlei Costa Ferreira, sócio da Terco Grant Thornton, a falta de funcionários altamente capacitados está levando a uma revolução dentro das empresas. “Os empresários já perceberam que não é apenas o salário que atrai os executivos, então muitas empresas já oferecem benefícios diferenciados.” Para Wanderlei, funcionário motivado é um dos melhores marketings para as empresas. “Por isso as organizações estão se esforçando para agradar o staff e manter seus profissionais.”
A mesma pesquisa exemplifica essa preocupação. Na média, 59% das empresas ouvidas disserem ter tido gasto valores maiores nos últimos doze meses para encontrar e manter funcionários adequados às vagas, de executvos a trabalhadores braçais. Também perto da média global, 61% das empresas brasileiras pesquisadas disseram ter gasto mais para preencher as vagas.