Interior registra aumento de empregos
O ano de 2008 iniciou com vigor na contratação formal no interior do país. É o que mostra o levantamento realizado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Os nove estados mais populosos (BA, CE, MG, PA, PR, RJ, RS, SP) totalizaram 54.532 empregos com carteira assinada gerados fora das regiões metropolitanas, 5.122 postos a mais que em janeiro do ano passado.
Assim como em 2007, São Paulo aparece à frente em termos de geração de novas vagas. Basta observar que do total deste ano de 65.122 novos postos, 31.989 foram criados no interior do estado.
Destaque também para o Rio Grande do Sul e o Paraná, que registraram mais contratações no interior do que nas regiões metropolitanas. Enquanto o primeiro estado teve saldo de 13.058 de trabalhadores com carteira assinada, o segundo registrou 6.928 novos postos - diferentemente das áreas próximas as capitais que apresentaram + 5.971 e + 5.389, respectivamente. Movimento acompanhado pela Bahia. Do total de 2.714 empregos gerados no estado, 2.647 são provenientes do interior.
Apesar da alta apresentada pelo interior do Rio de Janeiro (2.335 postos gerados), o saldo não foi suficiente para balancear a baixa registrada na área metropolitana, o que fez que o estado aparecesse na 20ª posição nacional, com queda de 183 postos. Importante ressaltar, ainda, que com quase o dobro de postos gerados no mesmo período do ano passado, Minas Gerais apresentou saldo de 4.919 no interior.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Fiscalização: acidentes no trabalho
O número de acidentes analisados foi destaque, com 2.001 ações, uma alta em torno de 18% em relação a 2006. Mais de 19,5 milhões de trabalhadores foram alcançados em todo o país
A melhoria das condições de segurança e saúde dos locais de trabalho foi uma das prioridades do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no ano passado. Balanço divulgado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) revela que foram realizadas 157.376 ações fiscais entre janeiro e dezembro, alcançando mais de 19,5 milhões de trabalhadores em todo o país.
O número de acidentes analisados foi destaque neste período, com 2.001 ações, um incremento em torno de 18% em relação a 2006. Este tipo de investigação tem sido medida fundamental para sua prevenção, pois permite a identificação e correção destas situações.
'O Ministério do Trabalho tem buscado aperfeiçoar seus processos de planejamento, execução e monitoramento das atividades da inspeção do trabalho. Os resultados obtidos em 2007 demonstram o trabalho realizado, com alcance das metas definidas para o ano', relatou a diretora do departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do MTE, Júnia Maria de Almeida Barreto.
O número de ações de fiscalização manteve-se no patamar estabelecido desde 2005 (ver tabela). Houve um aumento no número de ações rurais - prioridade do DSST - e em setores de risco, como a indústria da construção. 'Notamos também um acréscimo no número de situações regularizadas sob ação fiscal, assim como no número de autuações, retratando uma ação mais eficaz da fiscalização em termos de correção de situações de risco', relatou. Foram regularizadas 849.795 situações e autuadas 40.565 empresas em 2007.
A inspeção em segurança e saúde no trabalho é o principal instrumento para a redução de acidentes e doenças. Para tanto, são estabelecidas estratégias para o desenvolvimento de ações de fiscalização em setores econômicos com números elevados de acidentes e doenças.
Normas regulamentadoras - A regulamentação em segurança e saúde também apresentou avanços significativos em 2007. Quatro anexos de normas regulamentadoras (NRs), que abrangem um número expressivo de trabalhadores, foram publicados neste período. Os textos complementam as NRs que regulamentam as atividades de telemarketing/teleantendimento, checkout do comércio (caixa de pagamento), trabalho em plataforma aérea na indústria da construção e fabricação de fogos de artifício.
Os textos foram elaborados em um processo tripartite que envolveu representantes de trabalhadores, empregadores e governo. 'Essas novas normas representam avanço expressivo, uma vez que tratam de setores econômicos de risco e que estão em crescimento no país', relata Júnia.
Proteção individual - Outro destaque do ano ficou por conta do acordo firmado, em setembro, com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). A fim de melhorar os padrões de qualidade dos equipamentos de proteção individual (EPI) do trabalhador, a parceria prevê a implantação da certificação de EPI e de alguns tipos de máquinas.
Por meio do acordo, espera-se ter no mercado equipamentos previamente testados por especialistas, com qualidade comprovada às finalidades a que se destinam. 'Teremos equipamentos e máquinas mais seguros que melhor protegerão o trabalhador quanto a riscos existentes em seu trabalho. Além disso, haverá uma fiscalização da fabricação e comercialização do material certificado, intensificando-se o controle hoje existente', explicou Júnia.
Segurança - A inspeção em segurança e saúde no trabalho é o principal instrumento para a redução de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. As principais ações do MTE no segmento são a normatização e fiscalização - desenvolvidas pelo Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST) - e a pesquisa e difusão de conhecimentos, de responsabilidade da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), órgão de pesquisa ligado ao Ministério.
Dados da Inspeção em Segurança e Saúde no Trabalho - Brasil
Janeiro/dezembro de 2007
Setor
Econômico |
Ações
Fiscais |
Trabalhadores
alcançados |
Situações
regularizadas* |
Autuações
*** |
Acidentes
analisados |
Agricultura |
9.896 |
1.266.738 |
45.774 |
5.831 |
79 |
Comércio |
43.461 |
2.625.815 |
165.331 |
3.398 |
203 |
Construção |
31.144 |
1.830.158 |
242.427 |
8.396 |
468 |
Educação |
2.509 |
311.655 |
6.983 |
167 |
13 |
Hotéis/Rest |
7.153 |
447.539 |
23.014 |
484 |
27 |
Indústria |
31.918 |
5.911.060 |
204.417 |
8.879 |
819 |
Inst. Financ. |
1.555 |
788.063 |
8.536 |
277 |
11 |
Saúde |
4.548 |
1.154.942 |
30.028 |
514 |
75 |
Serviços |
16.492 |
3.578.390 |
63.194 |
2.199 |
140 |
Transporte |
8.344 |
1.267.059 |
41.849 |
1.193 |
112 |
Outros |
356 |
364.176 |
18.242 |
129 |
54 |
TOTAL |
157.376 |
19.545.595 |
849.795 |
31.467 |
2.001 |
Janeiro/dezembro de 2006
Setor
Econômico |
Ações
Fiscais |
Trabalhadores
alcançados |
Situações
ularizadas* |
Autuações
*** |
Acidentes
analisados |
Agricultura |
9.198 |
1.110.491 |
36.935 |
4.477 |
66 |
Comércio |
43.078 |
2.088.450 |
153.578 |
2.403 |
147 |
Construçao |
30.400 |
1.870.204 |
202.046 |
6.123 |
330 |
Educação |
2.471 |
368.167 |
7.011 |
102 |
13 |
Hotéis/Rest |
7.280 |
379.768 |
20.087 |
376 |
18 |
Indústria |
35.849 |
6.155.872 |
198.073 |
7.257 |
713 |
Inst. Financ. |
1.723 |
806.865 |
8.274 |
318 |
3 |
Saúde |
4.634 |
984.656 |
25.373 |
556 |
63 |
Serviços |
17.043 |
3.361.898 |
68.939 |
1.727 |
123 |
Transporte |
9.932 |
1.999.357 |
46.887 |
1.325 |
73 |
Outros |
450 |
331.893 |
1.628 |
95 |
9 |
TOTAL |
162.058 |
19.457.621 |
768.831 |
24.759 |
1.558 |
Janeiro/dezembro de 2005
Setor
Econômico |
Ações
Fiscais |
Trabalhadores
alcançados |
Situações
regularizadas* |
Autuações
*** |
Acidentes
analisados |
Agricultura |
7.954 |
870.661 |
38.915 |
2.262 |
51 |
Comércio |
48.066 |
1.839.141 |
177.789 |
2.314 |
129 |
Construçao |
29.914 |
1.424.916 |
220.781 |
4.958 |
265 |
Educação |
2.755 |
295.724 |
8.943 |
134 |
1 |
Hotéis/Rest |
8.540 |
289.662 |
27.269 |
387 |
13 |
Indústria |
34.432 |
4.976.187 |
235.143 |
6.865 |
655 |
Inst. Financ. |
1.270 |
450.538 |
5.712 |
202 |
1 |
Saúde |
4.316 |
862.031 |
24.727 |
321 |
8 |
Serviços |
17.595 |
2.949.523 |
77.724 |
1.771 |
21 |
Transporte |
10.916 |
1.861.720 |
60.230 |
1.282 |
106 |
Outros |
368 |
235.427 |
1.705 |
42 |
77 |
TOTAL |
166.126 |
16.055.530 |
878.938 |
20.538 |
1.327 |
* Situações regularizadas são aquelas em que o auditor fiscal verifica o descumprimento da legislação, mas o empregador providencia a pronta regularização
** As autuações significam o início de processo administrativo, que pode resultar em multa
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Salário mínimo sobe para R$ 412
O novo salário mínimo negociado pelo governo, de R$ 412,40, começará a valer em 1º de março. A informação foi dada ontem pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em entrevista ao programa Agência Estado no Ar, transmitido pela Rádio Eldorado. Sobre o mínimo atual, de R$ 380, o reajuste é de 8,52%.
Segundo o ministro, o valor foi negociado com as centrais sindicais. Nós estamos nos comprometendo a anualmente corrigir o mínimo com base no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores, no caso de 2006, e mais a variação da inflação.
O acerto com as centrais sindicais antecipando a data do salário mínimo para 1º de março foi posto no texto de um projeto de lei, encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional em janeiro de 2007, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O projeto já foi aprovado na Câmara, mas aguarda votação no Senado. Em 2009, pelo projeto, o mínimo será reajustado em 1º fevereiro e, em 2010, em 1º de janeiro.
Em 2011, a data também será 1º de janeiro. O projeto define ainda que o piso salarial será reajustado com base no crescimento real da economia de dois anos anteriores, acrescido da inflação do período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Grau de investimento
Na entrevista, o ministro do Planejamento disse que não vê motivos para que 2008 não seja o ano em que a economia brasileira seja promovida pelas agências de classificação de risco a grau de investimento. Para ele, o fato de o Brasil passar à condição de credor externo justifica a reavaliação do risco de o País dar um calote na dívida.
Bernardo acrescentou que, apesar do grau de investimento ser atribuído por agências independentes, o Brasil vive um cenário econômico muito favorável. Se olharmos a avaliação dos títulos do tesouro nacional, isso é considerado como grau de investimento. Há uma aceleração nesse ritmo de aplicação de investimentos no Brasil, com certeza já na expectativa do investment grade, avaliou.
O ministro acredita que a atribuição do grau de investimento não vai demorar a acontecer e isso mudará muito o perfil de investimentos no Brasil. Tanto as empresas nacionais quanto as estrangeiras vão ter uma pressa que vai empurrar muito mais a nossa economia, considerou.
Energia
Ainda na entrevista à Rádio Eldorado, Bernardo disse que os investimentos no setor energético serão suficientes para os próximos anos. Nós achamos que as coisas que têm sido feitas, se tocadas, vão resolver o problema não só neste curto período, mas de maneira sustentável para as próximas décadas, declarou.
O ministro discordou que o governo tenha demorado a olhar para a questão energética, embora reconheça que as recentes chuvas tenham ajudado a situação dos níveis das represas da usinas hidrelétricas.
Bernardo afirmou ainda que o governo acompanha permanentemente o desenvolvimento do setor, que desde 2003 vem refazendo a política energética do Brasil. Há muita dúvida sobre se o investimento que nós fizemos no setor energético será suficiente para outros anos e eu digo que é, acrescentou o ministro.
Fonte: Estadão
Nortel demitirá 2.100 funcionários
A companhia Nortel Networks anunciou que no último trimestre de 2007 registrou um prejuízo líquido no valor de US$ 844 milhões e que demitirá 2.100 funcionários, de um quadro total de 35 mil empregados.
O prejuízo da empresa, com sede em Toronto, entre outubro e dezembro responde a uma despesa de US$ 1,06 bilhão relacionada a impostos diferidos no Canadá.
A receita no período caiu 4%, a cerca de US$ 3,2 bilhões, embora as vendas tenham subido 2%.
A Nortel Networks informou que sua margem de operações subiu de 5% no terceiro trimestre a 7,6% no quarto, o melhor desempenho da companhia em três anos. No entanto, a meta que tinha sido estabelecida pela direção era de 10%.
Os executivos da Nortel indicaram que a companhia deve continuar reduzindo seus custos, e a empresa anunciou que reduzirá em aproximadamente 6% os postos de trabalho e transferirá outras mil vagas a países com custos trabalhistas mais baixos.
Segundo a Nortel, isto permitirá que a empresa economize US$ 300 milhões ao ano. A maior parte da redução da mão-de-obra não será feita com demissões, e sim com a não-substituição dos funcionários que mudarem de setor, pedirem demissão ou se aposentarem.
Fonte: Folha Online
BMW e Henkel anunciam demissões
Após a Siemens, mais dois grandes conglomerados alemães anunciam para breve cortes substanciais de pessoal. Ambos têm apresentado lucros crescentes. Porém, ao que tudo indica, querem mais.
Imediatamente após o comunicado da Siemens de que cortará 3.800 postos de trabalho, continua a série de demissões anunciadas nas grandes empresas alemãs. Tanto a fabricante de cosméticos e detergentes Henkel como a montadora BMW escolheram esta quarta-feira (27/02) para dar as más notícias.
Mais 150 milhões de euros a partir de 2011
Apesar de lucros recorde em 2007, a Henkel inicia um programa intensivo de cortes de postos de trabalho. Até 2011, ela pretende desfazer-se de cerca de 3 mil de seus 53 mil funcionários.
A empresa declarou em Düsseldorf esperar que os cortes de pessoal levem a maior eficiência, em face à concorrência cada vez mais dura e aos custos crescentes. Sua meta é economizar 150 milhões de euros por ano, a partir de 2011, divulgou a fabricante de produtos de beleza e de limpeza.
A Henkel negou-se tanto a dar detalhes sobre os cortes como a comentar os efeitos sobre suas instalações na Alemanha, que empregam cerca de 10 mil pessoas. Segundo seus próprios dados, o superávit da empresa elevou-se, em 2007, a 941 milhões de euros, ou seja, 8% a mais do que o ano anterior. O faturamento cresceu 2,6%, alcançando 13,1 bilhões de euros. Entre seus principais produtos estão o sabão em pó Persil e as colas Pritt e Pattex.
'Política míope'
Também movida pela caça a maiores margens de lucros, o conglomerado automobilístico BMW pretende eliminar pelo menos 8.100 postos de trabalho. Na Alemanha, a medida afeta 2.500 funcionários fixos e 5 mil terceirizados (destes, a metade já deixou a firma no trimestre passado), como informou o diretor de pessoal Ernst Baumann nesta quarta-feira, em Munique.
No exterior serão cortados 600 postos. Porém, caso o dólar continue fraco, poderão se seguir novas demissões. A BMW dispõe de quase 108 mil funcionários, 80 mil dos quais na Alemanha.
A empresa sediada na Baviera tem se superado repetidamente em termos de lucros, faturamento e vendas. Contudo também sofre com a queda do dólar e com os altos preços das matérias-primas. Sua cotação na bolsa de valores é bem inferior às das concorrentes Audi ou Mercedes.
O sindicato dos metalúrgicos IG Metall acusou a diretoria da BMW de 'ruptura com a cultura [empresarial alemã]' e 'política míope de lucros'.
Fonte: Folha Online