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A evolução profissional numa era mutante
por Gisela Kassoy
Publicada em 14/2/2008

 Você se lembra deste gráfico?

 

 
   

  

Ele costuma aparecer nos cartoons e tirinhas em quadrinhos.

Entre altos e baixos, essa ilustração descreve o processo evolutivo das empresas tal qual o conhecemos. Observe como o gráfico nos leva a pensar que a evolução é apenas uma questão de esforço, que existe “chegar lá” e que um belo dia poderemos “deitar em berço esplêndido”. Nada errado com essa idéia, a não ser o fato de que ela não funciona mais.

Pense bem: quando nosso produto tem sucesso, a concorrência copia, adapta, melhora ou vende mais barato. Além disso, o consumidor ou cliente pode simplesmente se cansar de nós e ir atrás de novidades. Ou nossa forma de operar pode ser destruída do dia para a noite com uma nova tecnologia.

É por isso que o autor americano George Land acredita que, atualmente, a evolução das empresas e carreiras não ocorre de forma linear, mas de forma sinuosa e em saltos. A partir de uma apresentação sobre o tema feita por Bill Sturner, outro consultor americano, comecei a estudar os estágios desse processo, chamado de “Evolução em S”.

 

Veja como a evolução ocorre em nossos dias:

 

   

 

 

Detalhando os diferentes estágios teremos:

 

1. Largada – É o momento no momento no qual determinamos um caminho. Quanto mais claro o objetivo, maior a motivação. Nessa fase, precisamos muito dela, pois é o único instrumento que dispomos.

2. Ensaio – Nesse estágio a produtividade cai, pois tudo é novo e, portanto, difícil. O ensaio requer persistência e permissão para o erro, pois a tentação de retomar a forma antiga é muito grande.

3. Criação – “Pegamos no embalo”. Já há prazer no novo procedimento e as coisas começam a dar certo.

4. Sucesso – Os resultados são visíveis. É  hora de celebrar.

5. Acomodação – Novo momento perigoso: a ilusão de conhecer o caminho nos impede de perceber a necessidade de novas mudanças. Aparentemente ainda estamos evoluindo, o mercado ainda responde bem, mas a concorrência já se mexeu...

6. Decadência – É o preço que pagamos pela acomodação.

Acomodação e decadência não são passagens obrigatórias. É no auge do sucesso que devemos pular para o próximo S, ou como dizem elegantemente “é a hora do salto quântico”.

Enquanto ele não vem, mais um estágio:

7. Vácuo – Temos que saltar, mas não sabemos para onde. Novamente a tentação é voltar para trás. Mas o momento é de olhar para o mercado, descobrir novas oportunidades.

Assim, a evolução numa era mutante acontecerá conforme uma das ilustrações abaixo – de preferência a segunda, claro.

 

   

 

 

 

Aos líderes, recomendo uma reflexão: em qual estágio está sua equipe, sua empresa, cada um de seus colaboradores? E agora, como fazer para dar mais o próximo passo? Qual a tática a ser empregada em cada etapa?

 


Gisela Kassoy, consultora especialista em Criatividade e Inovação
Website: http://www.giselakassoy.com.br


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