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Como tomar decisões
por Você SA
Publicada em 7/8/2006

Fazer escolhas acertadas é muito difícil. Entenda a dinâmica de uma boa decisão para acertar mais do que errar

Por Marcelo Aguilar

Saber decidir na sua vida profissional e pessoal é uma arte que pode ser aprendida. Já passei por situações que exigiram decisões difíceis. A última demorou quase três meses para que eu analisasse todas as implicações possíveis e imagináveis. Muitas horas de sono perdidas em busca de respostas, pois o que eu decidisse afetaria a vida de outras pessoas. Ao rever os processos que me levaram àquela posição - as conversas, as interações, os momentos de introspecção - concluí que ainda existe um grande mal entendido sobre o que é uma boa decisão. Este mal entendido surge, principalmente, pela falta de compreensão de significados importantes, tais como o aqui e o agora!. Sei que muitas pessoas fazem terapia e buscam praticar o aqui e o agora, mas percebi que elas não entendem isto nas suas vidas pessoais e profissionais ... e se arrependem mais tarde!

Uma boa decisão é aquela que possui três componentes. O primeiro deles é a análise da nossa experiência passada, individual ou coletiva. É verificar, na nossa história, os momentos importantes e que podem ser relevantes para a decisão que precisamos tomar. É saber que estamos, onde estamos, hoje graças a nossas escolhas passadas. É compreender o porque optamos por aquele caminho específico naquele momento. Ou seja, é entender como tomamos nossas decisões no passado. Este conhecimento é importante porque nós temos tendência a decidir sempre da mesma forma. O único jeito de combatermos esta tendência é desenvolvendo nosso nível de consciência sobre nós mesmos.

O segundo componente vem da nossa capacidade de percepção de cenários no presente e no futuro próximo. É saber o que está ocorrendo ao nosso redor e para onde estamos indo, ou sendo levados. Não é fácil enxergar a saída quando estamos no meio de uma tempestade, mas esta é a diferença entre o bom e o mau navegador. Aquele que tem controle emocional suficiente para vislumbrar a rota a seguir, mesmo durante os tempos adversos, aumenta suas chances de sobrevivência. Uma maneira de fortalecer esse componente da decisão é perceber como as pessoas nos vêem e descobrir, também, nossos limites. Assim, podemos mudar nossa relação com as pessoas e com o ambiente que nos cercam. Essa consciência nos ajuda a decidir com quem devemos e queremos interagir, compartilhar e nos associar, e, também a decidir com quem não queremos.

O último componente de uma boa decisão é saber o que nós realmente queremos. É ter um objetivo plausível e adequado. É saber o que, verdadeiramente, nos deixará felizes e satisfeitos. Aqui existe uma confusão entre objetivo e ambição. Pessoas ambicionam ser ricas, ter poder, conquistar a glória. Isto é AMBIÇÃO. Como perceber a diferença entre um objetivo e uma ambição? Objetivo é positivo, prático e ético. A ambição não. Objetivo é construir uma boa casa para minha família e para mim. Ambição é construir uma casa para mostrar a todos como eu sou grandioso, sem me importar com as conseqüências. Objetivo é nos tornarmos agentes de mudança na nossa sociedade. Ambição é se candidatar a um cargo público pra se arrumar!!.

Por que é tão difícil decidir se os elementos são simples? Primeiro, porque buscamos esquecer o passado e não queremos refletir sobre o que aconteceu, pois podemos concluir que a responsabilidade foi somente nossa. Segundo porque queremos curtir o momento ... curtir o aqui e o agora! sem perceber que o aqui e o agora de amanhã é construído com o aqui e o agora! de ontem e o de hoje. E, por último, na maioria das vezes, estamos míopes pela ambição ao invés de nos guiarmos por objetivos práticos, positivos e éticos. Boas decisões são construídas em cima de bons objetivos.

O primeiro passo você já deu. Conheceu o mecanismo de uma boa decisão. O segundo passo é você praticá-la. Boa sorte!

Artigo fornecido pela revista VOCÊ S/A.
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