por Natália Baffatto
Março é considerado o mês das mulheres, já que no dia 8 comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Por conta disso, é normal a sociedade abordar questões que envolvam o sexo feminino em diversas esferas do cotidiano, principalmente a casa, o trabalho, o amor e a saúde.
As mulheres se destacam cada vez mais no mundo corporativo. Ganham cargos de chefia, conquistam mais espaço, são mais respeitadas em casos de maternidade e são mais valorizadas hoje por suas características únicas como sensibilidade, intuição e poder de relacionamento interpessoal, entre outras.
Mas vamos para alguns dados. Hoje, as mulheres representam 41% da força de trabalho no Brasil e estão à frente de 52% das pequenas e micro empresas, segundo uma pesquisa da SD&W, empresa especializada em modelagem estatística e gerenciamento de informação. Esses números refletem a alta inserção feminina no mercado de trabalho, tanto na posição de profissionais contratadas quanto de empreendedoras.
Uma outra pesquisa realizada esse mês pela própria Curriculum (veja aqui a pesquisa completa) mostrou outro cenário positivo para as mulheres: 86,3% das empresas consideram que elas melhoraram na execução de seus trabalhos nos últimos anos. E melhor ainda: 98,5% consideram o nível de desempenho delas de bom a excelente.
O presidente da Curriculum, Marcelo Abrileri, acredita num conceito de complementariedade. “O homem e a mulher possuem características que ajudam a compor um ambiente de trabalho equilibrado. O importante é reforçar as qualidades de cada sexo em prol dos objetivos da empresa”, considera.
A consultora organizacional da Human Brasil, Taís Cardozo, acredita que não existe mais “profissão de mulher”, pois elas ocupam todos os cargos, mesmo os que anteriormente eram determinados como masculinos. “O mundo corporativo foi desenvolvido por homens, por isso existem regras e códigos masculinos, mas as mulheres estão tentando decodificá-los, e as características femininas como jogo de cintura, por exemplo, facilitam a entrada delas no mercado de trabalho”, afirma Cardozo.
Um estudo exclusivo conduzido pelo Great Place to Work, empresa global especialista em ambiente de trabalho, levantou dados sobre a participação feminina no ambiente corporativo das melhores empresas no Brasil, Estados Unidos e México. Com dados de 2009, o compêndio comprova que os gestores das melhores empresas associam as profissionais a competências como capacidade de lidar com diferentes perfis de pessoas, bom desempenho em situações adversas e empenho para inspirar e motivar as equipes. A pesquisa mostra, também, que na comparação da participação feminina no ambiente corporativo no Brasil, Estados Unidos, México e Europa, o índice mais baixo é o das empresas europeias.
E como reter esses talentos femininos? Segundo Taís Cardozo, a mulher é mais preocupada com sua formação e cultura do que os homens. Pesquisas revelam que elas são maioria nas universidades. Por esse motivo, é importante que as empresas estejam preocupadas com políticas de retenção para oferecer a elas MBA, cursos e desenvolvimento da carreira fora do país.
Programas com foco em qualidade de vida e para colaboradoras que possuem filhos também são importantes e fundamentais. “Atualmente a representante do sexo feminino quer crescer profissionalmente e manter equilíbrio com a saúde e sua vida pessoal”, finaliza Taís Cardozo.