Por Gustavo Cerbasi
O que você chamaria de férias caras? Uma semana em um resort de luxo? Assistir à abertura das próximas Olimpíadas, em Londres? Independentemente de sua idéia sobre o conceito de “caro” para uma viagem, pergunte a alguém que já fez uma viagem “cara” se a mesma valeu a pena. Salvo raras exceções, todos que tiveram uma experiência exclusiva costumam dizer que cada centavo valeu a pena. |
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'Ranqueie suas escolhas e estime o valor delas'
Por trás dessa percepção positiva em relação a um desembolso elevado está o conceito de valor. Pagar caro é desembolsar por um bem ou serviço muito mais do que você pagaria se fi zesse alguma pesquisa de preços. Se você pode comprar tomates por 2 reais o quilo, por exemplo, pagará caro se não pesquisar e levar por 3 reais o quilo.
No mercado de turismo, porém, são pouco freqüentes as situações em que os preços variam muito, pois os agentes de viagem costumam receber comissões do valor padrão de diárias e não praticar sobrepreço. Daí, conclui-se que não existem viagens caras, mas aquelas que valem mais e aquelas que valem menos. Se você se planejou para dispor do valor de uma viagem espetacular, estará desembolsando por ela o preço de um sonho. Foi com essa percepção que, há alguns anos, adotei um planejamento interessante para viabilizar minhas férias. A cada centavo de investimento que faço, destino percentuais que defi ni, com minha esposa, para sonhos pessoais que queremos concretizar de tempos em tempos.
Um deles é tirar férias periodicamente. Decidir qual percentual você deve destinar a cada objetivo é uma questão de prioridades individuais, um exercício interessante. Nem todos dão às férias a mesma importância dada à troca do carro, por exemplo. Faça um ranking de suas escolhas antes de estimar o valor destinado a cada uma delas.
Quando a oportunidade de tirar férias se aproxima, verifi co a verba que provavelmente terei na data de viajar e, com base nela, escolho meu destino. Se fi car muito tempo sem gastar com férias, a próxima viagem será espetacular. Se viajar com mais freqüência, terei de moderar as escolhas. Com isso, as compensações por longos períodos de trabalho intenso fi cam automatizadas, sem peso na consciência. Simplesmente, acabam custando o que valem.